segunda-feira, 13 de setembro de 2010

MESTRE MANUEL DE SOUSA



Olá a todos, há muito que já não escrevo, é verdade... A falta de tempo e de paciência são duas das causas.
Mas hoje, é um dia particularmente triste para mim, completam-se hoje seis anos, de que partiu uma pessoa que significou imenso na minha vida. Não era um familiar nem um amigo chegado é verdade, mas há pessoas que têm a capacidade de se tornarem importantes unicamente pela sua maneira de ser.
E ele foi e continuará a ser muito importante, talvez por ter acreditado em mim, por me ter dito muitas vezes "tu consegues", por me ter mostrado que eu era capaz de atingir os meus objectivos e de me destacar com merito naquilo que fazia.
Foram apenas certa de dois ou três anos de convivência, convivência essa que não passava de 2 vezes por semana, duas horas por dia.
Mas quando chegava a hora do treino de Karaté, eu era a primeira a chegar, a ultima a ir embora, tinha gosto em assistir aos treinos dos mais novos, em ver a forma tal carinhosa como ele tratava os pequenos miudos, o jeito que tinha para os ensinar, umas vezes com jogos outras com "raspanetes" para que se portassem bem, e levassem um pouquinho asério aquelas duas horitas.
cheguei a ter treinos quase particulares, é verdade que não era secalhar tão produtivos como os que eramos mais, pois não tinha com quem treinar, mas ele com a sua paciência nao cancelava o treino, ficava comigo, a treinar na maioria das vezes kata e kion, para que eu fosse aperfeiçoando a minha técnica.
Fui a primeira aluna a inscrever-me e uma das ultimas a desistir, enquanto ele aqui este, nao faltei a um treino, cheguei a faltar à escola por estar doente, mas há hora do treino tudo me passava e ficava em plena forma para treinar.
Há seis anos, neste dia, tive uma das noticias que mais me marcaram na vida...Estava de férias da escola, e a minha mae chega a casa, vinda do café e diz-me que viu uma coisa no jornal que eu não vou acreditar, como apaixonada pelo meu belém que sou, pensei que era mais uma má noticia relacionada com isso, no entanto quando me disse "o Mestre sousa faleceu", não quis acreditar, não podia ser, eu sabia que ele estava bastante doente, em Agosto tinha telefonado para o telemóvel dele, e a filha é que atendeu e disse que ele estava bastante mal, mas nunca esperei receber esta noticia.
As lagrimas começaram a cair ao inicio da manha, e durante aquele dia não mais quiseram parar, não sabia como iria á sua despedida, mas sabia que teria de ir de qualquer forma, tentei tudo, já estava proximo da hora e não arranjava solução, até que então la se resolveu e consegui participar na ultima homenagem.
Foi sem duvida um dos piores momentos da minha vida, nesse dia, no treino de karaté, não consegui sequer olhar para a cara do Mestre carlos, ele fazia-me lembrar do grande Mestre Sousa.
Daí para a frente, se já era empenhada, passei a se-lo ainda mais, nao faltando aos treinos, chegando antes de começar e saido muito depois de acabar. A minha mãe tantas vezes me perguntou, se nao queria ir viver para o pavilhão.
O karaté era a coisa que eu mais gostava, lá tinha tudo o que pecisava, tinha a autoestima que tantas vezes me falta.
Com imensa pena, passados uns tempos tudo acabou, aos poucos toda a gente se foi afastando e o Karaté, como eu gostava, como o Mestre Sousa me tinha ensinado já não estava mais ali, deixou então de fazer sentido continuar, e acabei por desistir. Tenho o objectivo de um dia voltar, voltar a fazer Karaté na Associação de Karaté Shoto.

È com grande saudade que recordo o Grande Homem, o Grande Mestre Mestre Manuel de Sousa, terá sempre um lugar muito importante dentro de mim, sempre que tenho vontade de desistir recordo-me dele, a dizer-me "vamos Daniela, força, não vais desistir agora porque tu és capaz"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A Natureza...

Os últimos posts que tenho publicado, são sobre a tempestade que se tem apoderado da minha vida, ainda nao passou, mas aos poucos irei conseguir ultrapassar.
Com o que se tem passado nos últimos dias, especialmente a catástrofe que se deu na Ilha da Madeira, comecei a pensar, para quê andar triste?Para quê ter vontade de desistir de tudo?Não vale a pena, um dia chegará a hora de eu ser feliz, assim como chegará o momento de não poder continuar a lutar.
É impressionante a forma como o Homem tenta comandar tudo nesta vida, mas quando nos deparamos com certos acontecimentos tomamos consciência de que afinal não somos nada, somos tão insignifiantes que não vale a pena andarmos em guerras, porque quando chegar a nossa hora, alguém terá o direito de o fazer.
Ainda sobre a Madeira, não posso deixar de dar uma palavra de solidariedade a todos os madeirenses, tenho pena de estar tão longe, senão poderia dar uma mãozinha neste momento tão difícil. Mas acredito que todos juntos irão conseguir reconstruir toda a ilha, e irá voltar a ser um jardim cheio de flores:)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Quando começa a correr mal...


Mais um post pouco alegre, mas eu também ando pouco alegre. Quando as coisas começam a correr mal, não é fácil inverter a situação.
Nunca tive uma vida fácil, desde os 4 anos ser filha de pais separados complica muito a vida, ainda pra mais quando a minha relação com o meu pai não é a melhor e com a minha madrasta então nem se fala...
Uma casa onde só vivem mulheres também trás grandes problemas, cada uma com um feitio diferente, pouca tolerância umas com as outras não ajuda muito.
A escola corria bem, excepto Matemática, pensei que ao mudar de escola iria conseguir levar a melhor mas não é isso que se está a verificar, por mais que me esforce parece que não consigo, não entendo nada do que está para lá escrito:(
é desesperante, ando com os nervos em franja por causa disto.
Não entendo o porquê de nada na minha vida correr bem, não sei se cometi algum pecado mesmo grave ou o que foi, só sei que estou num buraco onde não vejo saída.
Que mais me pode acontecer?
Para tentar ultrapassar isto la vou melgando um amigo ou outro, mas como normalmente costumo guardar tudo para mim, o maior desabafo que tenho é as lágrimas, é através delas que liberto toda a raiva que tenho dentro de mim.
Pode ser que esta situação seja como a meteorologia, e que daqui a uns tempos apareça o sol na minha vida para eu sair desde buraco escuro...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saudades


Gosto de falar da amizade,talvez porque é uma das coisas à qual do mais importância, ou por estar longe dos meus amigos, ou por achar fascinante a forma como a amizade evolui...Não sei.Só sei que gosto.
E hoje lembrei-me de uma coisa, marcar um jantar de turma. Mas não é um jantar de turma qualquer. é um jantar daquela turma, da melhor turma, da única que faz sentido chamar isto.
Foram 5 anos com o mesmo núcleo, iam entrando saindo uns, entrando outros, os que entravam de início sentiam-se excluídos, mas iam-se integrando.
Foram anos tão perfeitos, onde fizemos tantas coisas juntos, onde crescemos, onde nos chateámos tantas vezes, onde discutimos ainda mais mas onde rimos e sorrimos vezes sem conta. Ora por secas que se dizia na aula, ora pela forma como nos vestíamos, qualquer coisa servia para sorrirmos. Éramos felizes, amores e desamores também não faltaram, uns concretizaram-se outros não, mas não importa, o interessante é que quando percebemos que nos íamos separar, doeu-nos fortemente o nosso coraçãozinho, de jovens de 14 e 15 anos, que fizeram promessas de nunca deixarem de ter contacto uns com os outros, e de continuarmos todos unidos... Hoje crescemos, e sabemos que nada foi como pensamos, mas as memórias ficam, e só de ver fotografias lembro óptimos momentos, que só passei com vocês, já tive outras turmas, mas desculpem-me, nenhuma como aquele 5ºD, o 6ºD, o 7ºD, o 8ºD e o 9ºC.Fomos únicos, e de nenhum de vocês me esqueço. Quando me lembro das discussões que tínhamos por causa dos inter-turmas, ou por nos querermos baldar às aulas de substituição e um ou dois não querer. Tudo isto foi saudável, tudo isto nos ajudou a fortalecermos a relação que tínhamos.
Há sempre pessoas especiais num grupo, e eu também as tinha, hoje nem com esses que eram mais especiais tenho a relação que tinha, mas a vida é isto mesmo, muita gente passa pelas nossas vidas, mas umas guardamos na memória e outras esquecemos. Eu não vos esqueço, sei que estiveram em momentos importantes da minha vida, cada um com a sua maneira de ser, cada um com o seu feitio, mas eram todos únicos, e eu tenho saudades vossas:(

Só quero que saibam, que aqui dentro há um lugarzinho para aquela turminha, mesmo que não falemos uns com os outros, sei que cada um de vós, muitas vezes se lembra de situações que passamos, e pensa, tenho saudades daquelas pessoas:)

Obrigado por terem feito parte da minha vida...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Amigos

Este ano estou a deparar-me com uma situação que não é a melhor infelizmente, mas que não se pode mudar.
Com a entrada da grande maioria dos meus amigos na universidade, vejo que foi cada um para seu lado.
Aqueles com quem falava todos os dias, agora falo uma vez por mês ou nem isso.
É normal que isto aconteça, cada um segui um caminho diferente, mas é estranho.
Eu estou numa nova escola, com uma nova turma, onde todos são mais novos que eu, onde não me identifico verdadeiramente com ninguém.
sinto a falta daquelas aulas onde ainda que fossemos pouco unidos, havia alturas que todos nos dávamos bem, tenho saudades dos intervalos, das horas de almoço, tenho saudades de pessoas com quem me identifique.

Numa escola diferente, com o dobro de alunos da anterior, só há uma pessoa com quem me dou realmente, uma pessoa que tem de me aturar nos intervalos. é um amigo de longa data que tem vindo a subir pontos, pois está sempre lá. Contrariamente a outros amigos, que eu pensava que podia contar sempre, este não me desiludiu.
Obrigado Diogo Fiúza

De oito em oito dias, quando vou de autocarro para a escola às terças-feiras, lá encontro outra amiga com quem sei que poderei contar sempre, muitos anos de amizade, nem sempre teve bons momentos, mas tanto uma como a outra sabemos que quando precisamos a outra está lá.
Andreia agora só falta uns passeios de carro;)

A Ritinha, é aquela amiga que não conhecia, que fui conhecendo aos poucos, numas aulitas de Matemática e de Economia, onde brincámos e falámos a sério, onde rimos e quase choramos, onde concordámos e discordámos.
Já o 12º ano foi difícil, pois não estavas lá comigo, não estavas lá para me dizer, "vá não desistas, tu consegues", mesmo sabendo que eu e a Matemática somos um caso perdido eh eh.
Agora seguiste para uma nova etapa, onde sei que vais triunfar, sei que vais ser uma grande psicóloga, mas estou convicta que por portas ou travessas ainda irás alcançar outro sonho, e vais estar perante as luzes da ribalta;)
Ma friend estou sempre aqui no gueto pra ti;)
Para te dizer que te Adoro e que estou sempre aqui, para ti;)

Filipa Vilar, conhecemos-nos de uma forma pouco comum, tanto de odiei, até te começar a conhecer, e ver que apesar de refilona, lá no fundo és uma rosinha, sensível, és se calhar a pessoa que mais identifico comigo, a pessoa que confundem comigo quando fala ao telemóvel, e a pessoa que entende tal como eu o que é ser filha de pais divorciados.
Podes não estar a passar por uma grande fase, mas eu sei que consegues, tu tens o espírito de uma leoa dentro de ti, vais à luta e vais vencer. Sei que quando abrir um ginásio vou ter uma professora de educação física lá a dar aulas provavelmente :p
Força, tantas vezes nos amparámos uma à outra, e assim iremos continuar;)

Quando há amigos que não esquecemos por bons motivos, há outros que é pelo contrário, aqueles amigos que pensamos que nunca nos vão desiludir, mas afinal falham uma vez, e damos uma nova oportunidade, e falham novamente e voltamos a dar uma oportunidade, e assim sucessivamente.
Espero que um dia voltes a ser quem eras, e foste durante muito tempo. Pois é com tristeza que vejo a pessoa em que te tornaste.

Hoje apeteceu-me escrever, já não o fazia há muito, mas numa fase menos boa da minha vida, preciso de desabafar, e dizer aos que gosto que são realmente importantes para mim. São parte da minha vida;)

Adoro-vos, a vocês e a outros que vou encontrando neste caminho de vida;)

Uma Nova Experiência


Desde Setembro que comecei uma nova experiência.
Sempre adorei futebol, há quem diga que sou uma croma da bola, pois apesar de ser uma rapariga sei alguma coisa sobre o assunto.
Há uns anos, desde que começou a praticar-se futsal no Milharado comecei a dar mais atenção à modalidade, fui acompanhando sempre os jogos e por vezes treinos de todos os escalões. Tentei formar uma equipa de Futsal feminino, mas durou pouco tempo.
Mas há 3 anos, algumas raparigas juntaram-se e pensaram formar uma equipa a sério, que pudesse competir. Inicialmente não quis participar, estava demasiado focada na minha outra paixão desportiva, só queria progredir no Karaté e não tinha tempo para tudo.
Mas tanto insistiram, que decidi começar a treinar, de inicio sentia-me mal, conhecia algumas colegas mas só de vista, não falava com algumas, tinha má impressão de outras. Com o tempo, fui ficando cada vez mais entusiasmada, e apliquei-me sério, fiz amigas, amigas que nunca pensei fazer, pessoas que me surpreenderam pela positiva.
Os resultados não eram os melhores, mas só o facto de ir ao treino e estar com o pessoal era um factor de motivação para mim.
Nem o facto de passar de titular a suplente me desmotivou, pois tinha plena noção de que a minha colega poderia fazer melhor do que eu, e o que mais queria era o bem da equipa.
No 2º ano apliquei-me ainda mais, deixei o karaté, pois fui me desmotivando, sem duvida que é um desporto que me faz vibrar, e onde conheci pessoas que não mais esquecerei, nem aquele Sr. de bigode que um dia partiu de entre nós.
Mas em Novembro aconteceu o pior, lesionei-me no joelho, uma lesão que me impediu de jogar o resto da época, tive de deixar de ir a treinos e jogos, era doloroso de mais, ve-las lá a fazer o que eu tanto gostava.
Só no final da época consegui ultrapassar isto, e voltar a apoiar fortemente a equipa. Jogar regularmente estava completamente posto de parte.
Surgiu então um convite, que de início pensei recusar, achava não ter condições para tal, pois foi-me proposto ser a nova treinadora da equipa, uma vez que o treinador teria de se afastar um pouco, não poderia estar tão presente como até ali.
Durante o tempo de férias fui pensando e fui sendo pressionada por amigos e familiares a aceitar, pois era uma coisa que realmente eu gostaria de fazer.
Heis que surge um novo problema, era obrigatório ter curso de treinador para poder orientar a equipa. Vários foram os esforços para que se consegui-se meios financeiros para eu tirar o curso, uma vez que não conseguimos a ideia de federar a equipa foi ficando afastada.
Mas um dia surgiu uma ideia, convidar um amigo de longa data para tirar o curso e ficar como treinador. ele ficou indeciso, pensou durante uns tempos e acabou por aceitar. Fiquei então mais ligada a aspectos de papelada e a treinar as guarda-redes, está a ser uma experiência interessante, mas não tão fácil como parecia.
Uma vez que vivo isto com toda a intensidade, é um pouco complicado chegar aos treinos e ter poucas jogadoras, chegar aos jogos e perder por muitos golos, sabendo que temos capacidade para fazer melhor.
Constatei também que lidar com uma equipa de mulheres não é tão fácil como uma equipa de homens, pois é mais difícil agradar.
Já muitas vezes estive para abandonar o barco, mas sou teimosa e tenho tido o apoio de muita gente para não fazer.
Em casa dizem que já passo mais tempo na sede do que lá, mas é assim, faço tudo o que posso pela minha equipa e pelo meu clube, lá sinto-me bem, esqueço o mundo e os problemas.
Apesar de tudo está a ser positivo, tenho de lidar com situações que nunca pensei ter perante mim.